Teste em Urna Eletrônica reforça sigilo do voto

Segundo dia de testes da urna eletrônica com protuto congelante. Brasilia/DF 21/03/2012 Foto:Car...

Teste da equipe formada por servidores e estudantes da Universidade de Brasília (UnB), que conseguiu refazer o sequenciamento dos votos apresentados pelo Registro Digital do Voto (RDV), sem contudo quebrar o sigilo do voto, foi recebido pela Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como uma grande contribuição para o aperfeiçoamento do sistema eletrônico de votação, uma vez que este é o real objetivo dos testes, conforme salientou o secretário Giuseppe Dutra Janino. “É uma contribuição extremamente positiva, algo que nós já esperávamos”, ressaltou.

O ataque foi de alto nível tecnológico, realizado por uma equipe encabeçada por um doutor na área de Segurança da Informação. A excelência dos investigadores que se inscreveram para a 2ª Edição dos Testes Públicos de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação contribui para o constante aperfeiçoamento do sistema, que é o objetivo do TSE.

Entretanto, o teste não conseguiu quebrar o sigilo do voto, pois não conseguiu relacionar o nome dos eleitores com os votos digitados na urna. A equipe de servidores e estudantes da UnB realizou o teste com base em uma votação simulada, realizada no ambiente dos testes.

 

RDV

 

De acordo com o secretário de TI do TSE, o RDV é uma lista emitida após todo o processo de votação e apuração dos votos, que objetiva permitir aos partidos políticos e outros interessados realizar eventual recontagem dos votos. A emissão desse registro é um processo posterior, totalmente apartado do sistema de totalização dos votos, que consiste na apuração do resultado, explicou Janino. É como se uma urna de lona, com votos em papel, já totalmente apurada, fosse repassada aos partidos políticos para que fossem recontados os votos, exemplificou o secretário.

Janino ressaltou, contudo, que o teste não conseguiu violar o sigilo do voto. Não existe como ligar o nome de um eleitor aos votos constantes do RDV. O que o teste conseguiu foi colocar os votos na ordem em que foram digitados na urna. Mas não seria possível saber a ordem de votação, porque a votação é feita por ordem de chegada à seção e a lista de eleitores de uma determinada seção é disponibilizada aos mesários em ordem alfabética.

Além disso, o secretário revelou que o ataque só foi possível graças à disponibilização, aos participantes, do código-fonte de todos os softwares executados pela urna, algo que, em uma eleição normal, não ocorre.

 

Teste

 

Os votos digitados na urna são gravados de forma aleatória, a partir de um algoritmo computacional, o que impede seu sequenciamento, uma vez que são embaralhados digitalmente na hora em que são gravados. O teste da equipe da UnB conseguiu, a partir do RDV, refazer a ordem com que os votos foram digitados, mas não conseguiu identificar os eleitores que efetivamente digitaram os votos no equipamento. (Informações do TSE).

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