O terceiro episódio do podcast Além do Voto, produzido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) em comemoração aos seus 50 anos de instalação, traz como convidado especial o ex-presidente da Corte Eleitoral, Desembargador Samoel Evangelista. Em uma conversa repleta de memórias, reflexões e bastidores, o magistrado revisita mais de três décadas de atuação e destaca momentos marcantes da Justiça Eleitoral no Acre.

Ao recordar o início de sua trajetória, Samoel Evangelista relembrou a primeira designação como promotor eleitoral, ainda em 1985, no município de Tarauacá. “Foi ali que descobri o tamanho da responsabilidade da Justiça Eleitoral e como ela exige comprometimento absoluto. A preparação de uma eleição começa muito antes da votação e envolve dedicação de todos os atores”, afirmou.

Desafios na Amazônia

O magistrado destacou as dificuldades logísticas para garantir o direito ao voto na região amazônica. “Já vivenciamos situações inusitadas, como uma urna que só chegou ao destino dois dias depois do transporte de barco. Mesmo com todos os obstáculos, o compromisso era um só: garantir que cada cidadão pudesse exercer sua cidadania”, contou.

Da presidência às reformas estruturais

Durante seu mandato como presidente do TRE-AC, entre 2007 e 2009, Samoel Evangelista priorizou melhorias na infraestrutura. “Reformamos e padronizamos fóruns eleitorais para oferecer melhores condições de trabalho aos servidores e mais conforto ao eleitor. Estrutura adequada é sinônimo de serviço de qualidade”, ressaltou.

Do Voto em papel à urna eletrônica

O ex-presidente fez questão de comparar o antigo sistema em papel com a votação eletrônica. “A urna eletrônica representou um salto gigantesco. O voto em papel não oferecia a segurança necessária. Hoje, temos um sistema confiável, auditável e ágil, que garante a lisura do processo eleitoral”, defendeu.

Reconhecimento aos servidores

Com emoção, o Desembargador Samoel Evangelista destacou a importância da equipe que compõe a Justiça Eleitoral acreana. 

“O maior patrimônio do TRE são os seus servidores. São eles que fazem a máquina funcionar, mesmo nas condições mais adversas. Sem eles, nada seria possível”.

Legado de humildade e continuidade

Ao definir seu legado, o magistrado foi categórico: “Meu maior orgulho é saber que, com humildade e dedicação, ajudei a preparar o caminho para os que vieram depois. O TRE é maior do que qualquer gestão, e o compromisso com a democracia deve ser permanente”, disse.

O episódio completo está disponível no canal do YouTube do TRE-AC: clique aqui.