Trinta e dois servidores públicos de diversos órgãos foram treinados na manhã deste sábado, 22, para atuar no dia das eleições na votação paralela. Os participantes foram levados à prática pela comissão da Justiça Eleitoral que coordena a atividade, cujo objetivo é realizar auditoria em urnas eletrônicas, por amostragem, para comprovar o funcionamento correto de seus programas.

Para tanto, a comissão dividiu o grupo de servidores em funções distintas, como digitador, votador, conferente de votos e habilitador. “No dia da eleição eles farão o papel de mesário e de eleitor. Tudo será acompanhado pela imprensa, uma empresa de auditoria externa, representantes da OAB e fiscais de partido”, destacou o membro da comissão, Jônathas Carvalho.

Para o juiz Romário Divino, presidente da comissão, a sistemática é uma prova de que a democracia está cada vez mais consolidada. “A votação paralela é o que podemos chamar de certificado de segurança dos trabalhos eleitorais”, reforçou.

Este ano será a segunda vez que o servidor público Ismael dos Santos participará da votação. Ele disse que considera importante fiscalizar as urnas e verificar que elas realmente são seguras. “Por isso faço questão de estar aqui novamente”, salientou.

A votação paralela ocorre em todo o Brasil da seguinte forma: na véspera da eleição, o TRE realiza cerimônia aberta ao público para sortear duas urnas eletrônicas que serão utilizadas na votação paralela, sendo uma da capital e outra do interior do Estado. A comissão sorteia a zona e em seguida a seção eleitoral.

Imediatamente, o juiz eleitoral da zona sorteada é comunicado sobre a seção que a urna pertence. Este, por sua vez, determina que a urna seja recolhida e enviada para o plenário do TRE, onde ocorre a votação paralela no mesmo dia das eleições. A equipe treinada será a responsável pela realização e acompanhamento da atividade.