O Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), Desembargador Júnior Alberto, participou nesta terça-feira, 22, da programação do Integra - seminário que reuniu profissionais para estimular debates sobre integridade, conformidade legal e compliance.

Durante o evento, o Desembargador mediou o painel “Ouvidoria em Ação: Como transformar manifestações em transparência e valor”, ao lado de dois convidados com larga experiência no tema: Gabriel Portella, Gerente de Integridade do Sebrae Nacional, e Marcos Vinícius Rodrigues, Conselheiro Federal da OAB/AC e Ouvidor Nacional da OAB.

Ao abrir os trabalhos do painel, o Desembargador Júnior Alberto destacou a relevância das ouvidorias como canais indispensáveis para a melhoria contínua e o fortalecimento da confiança institucional. “Tanto no setor público quanto no privado, a ouvidoria é um termômetro da organização. Instituições que se prezam devem investir em canais acessíveis, transparentes e confiáveis. A Ouvidoria da Mulher do TRE-AC é um exemplo disso: recebemos manifestações importantes que geraram providências concretas e impediram a repetição de condutas abusivas. Isso só foi possível porque criamos um ambiente de escuta acolhedora”, afirmou o magistrado, que também é Ouvidor-Geral do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).

Na sequência, o ouvidor nacional da OAB, Marcos Vinícius Rodrigues, compartilhou sua experiência no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e reforçou o papel das ouvidorias como catalisadoras de políticas públicas. “O CNJ, hoje, atua como uma grande ouvidoria. É por meio da coleta de dados qualificados que se consegue planejar políticas judiciárias eficazes. Casos como os de violência doméstica, por exemplo, ganham visibilidade e enfrentamento justamente porque conseguimos ouvir, compilar e agir sobre essas informações”, destacou.

Representando o Sebrae Nacional, Gabriel Portella trouxe a perspectiva do setor produtivo e a importância da ouvidoria como ferramenta de governança corporativa. A ouvidoria não é apenas um canal reativo, é uma fonte espontânea de dados que permite decisões tempestivas e assertivas. Quando conseguimos qualificar as manifestações recebidas, estamos entregando à alta gestão uma leitura precisa dos problemas e das oportunidades da instituição”, explicou.

O painel gerou ampla interação com o público e evidenciou a transversalidade do tema, aplicável a instituições públicas, empresas privadas, organizações sociais e órgãos de classe.

Ao final, o Desembargador Júnior Alberto reiterou o compromisso da Justiça Eleitoral acreana com a escuta ativa e a transparência, ressaltando que a credibilidade das instituições começa pela disposição em ouvir e agir.

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