Nesta sexta-feira, 4, a Justiça Eleitoral do Acre concluiu, em Cruzeiro do Sul, a primeira etapa do curso “Sentindo na Pele”, um projeto que vem emocionando e transformando a forma como servidores e colaboradores se relacionam com pessoas com deficiência. A iniciativa faz parte do Plano de Gestão 2023-2025 do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) e tem como objetivo principal sensibilizar os profissionais para a importância da empatia, do respeito e da igualdade de condições no atendimento ao público.

O curso já passou por Senador Guiomard, Brasiléia, Xapuri e Sena Madureira, promovendo vivências práticas e diálogos transformadores sobre inclusão, acessibilidade e direitos fundamentais. A experiência foi conduzida por integrantes da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRE do Acre, Renata Colaça e Jaqueline; e do TRE Paraná: Neryberto Loureiro da Silva, Thami Joanna Nascimento e Diogo Fraga.

Em Cruzeiro do Sul, além do curso, foram realizadas visitas técnicas e reuniões com as equipes locais, encerrando com chave de ouro uma jornada marcada pela escuta, aprendizado e construção de novos olhares sobre a realidade enfrentada por pessoas com deficiência.

O impacto do curso pôde ser percebido de forma comovente nos depoimentos colhidos durante as atividades. A colaboradora Maria Pires, terceirizada da 6ª Zona Eleitoral de Brasiléia, compartilhou sua experiência pessoal e a transformação gerada pelo aprendizado.

“Esse curso, pra mim, foi um aprendizado muito legal. Eu cuido do meu pai, que é portador de deficiência e usa cadeira de rodas, e vejo as dificuldades que ele enfrenta. Minha mãe também faleceu cega. A gente precisa se colocar no lugar do outro, e esse curso me ensinou isso. Aprendi muito e só tenho a agradecer a Deus por essa oportunidade. Muitas coisas eu vou levar pra vida.”

Compromisso com a inclusão                                                              

A ação integra os compromissos estratégicos do TRE-AC com a garantia dos direitos fundamentais, o aperfeiçoamento da gestão de pessoas e o fortalecimento da relação com a sociedade. Para Renata Colaça, coordenadora da Assessoria de Acessibilidade e Inclusão (ASSAI), o projeto cumpre um papel fundamental. “Quando a gente aproxima o conhecimento da realidade, ele se transforma em atitude. O ‘Sentindo na Pele’ é sobre isso: criar pontes entre o que sabemos e como agimos. E, ao levarmos isso aos municípios do interior, reforçamos nosso compromisso institucional com a inclusão como prática diária e concreta”, destacou.

A expectativa é de que novas etapas do projeto alcancem outros municípios, ampliando a rede de profissionais sensibilizados e preparados para garantir o acesso pleno à cidadania.

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