O Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) lançou, neste mês de novembro, a edição 2025 da campanha “Caminhos da Consciência – Vozes que Transformam”. A iniciativa, coordenada pela Assessoria de Comunicação, tem como objetivo promover reflexão, educação e valorização da cultura negra por meio de conteúdos digitais que evidenciam a importância da representatividade, da linguagem inclusiva e da memória histórica na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

A campanha reúne uma série de publicações nas redes sociais institucionais, destacando figuras fundamentais da literatura, das artes e da resistência negra no Brasil. Entre os destaques estão o escritor Machado de Assis, apresentado como símbolo de genialidade e resiliência; a escritora Maria Firmina dos Reis, pioneira na escrita abolicionista; e o artista contemporâneo Flávio Cerqueira, cujo trabalho aborda o apagamento simbólico e a denúncia contra o racismo por meio da escultura “Amnésia”.

Além das personalidades históricas e contemporâneas, a campanha aborda temas que permeiam o cotidiano, como expressões linguísticas de cunho racista ainda presentes na sociedade. Com base em estudos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o TRE-AC alerta para a necessidade de reconhecer e abandonar termos que reforçam estereótipos e preconceitos, contribuindo para um ambiente mais respeitoso e consciente.

Segundo Daniele Carlos, Assessora de Comunicação, a proposta deste ano reforça a atuação educativa do Tribunal e sua responsabilidade em promover a equidade racial dentro e fora do ambiente institucional. “Com uma linguagem clara e acessível, a iniciativa busca sensibilizar servidores, colaboradores e a população sobre a importância de identificar e enfrentar práticas discriminatórias”, enfatizou. 

A campanha também integra o conjunto de ações do Comitê Regional de Promoção da Igualdade Racial do TRE-AC, que atua de forma permanente na implementação de políticas de equidade e no cumprimento das diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o enfrentamento ao racismo institucional.